"SONHOS" - Cap 4 - SURPRESAS

PROIBIDO PARA MENORES DE 18 ANOS

CAPÍTULO 4
SURPRESAS

Seu João chamou um taxi. Assim que entrei informei que iria ao hospital, depois liguei pra minha mãe dizendo que ia ao hospital e que depois ligaria. Então comecei a chorar. Não sei se pela dor do pé ou pelo meu coração. Mas agora não foi apenas uma lagrima, e sim um monte delas.
Chegando ao hospital sou encaminhada por uma enfermeira a sala de raio-x. Depois volto e fico num daqueles quartinhos da emergência. Fico aguardando o médico.
Uma moça loira, parecendo modelo (porque todas as loiras têm que parecer que são modelos? Isso é tão injusto), entra.
- Olá Mariani, sou a Dra. Josiane. Vim dar uma olha neste seu pé. Pelo raio-x esta tudo bem, não quebrou nada. Só precisamos colocar uma tala. E dentro de uns 15 dias você ficara boa.
- Ok. Fazer o que né. Só que não posso ficar de atestado. Meu chefe me mata. Ele não pode ficar sozinho. Falo, pois fico preocupada em deixar Ricardo sozinho.
- Tudo bem, mas vai me prometer que não vai forçar o pé e nem abusar. Fala a Dra.
Gostei da médica, super simpática. Atenciosa.
- Prometo. Falo.
Depois de tudo pronto, espero a alta. Enquanto isso ligo pra minha mãe explicando que tive que colocar uma tala, mas não é nada demais. Peço pra ela ficar com Matheus hoje. Pois esta tarde. São quase 11 da noite. Digo que amanha o buscarei assim que sair do trabalho. Me despeço.
Meu celular toca em seguida. Achei que era Rafael, mas era apenas a Ju, querendo saber de mim. Não estou com muita vontade de conversar. Então apenas digo que estou no hospital esperando a alta. Ela me pergunta em qual hospital. Então lhe digo, mas também aviso que não adianta vir, pois logo receberei alta. Então desligamos.
Ainda estou tomando aquele remédio na veia. E a medica não apareceu mais. Logo o soro acaba. Chamo a enfermeira que vem tirar o acesso.
Arrumo minhas coisas. E estou saindo quando vejo um homem segurando um boque de rosas vermelhas na porta. Meu coração acelera. Fico quase eufórica pensando em ser Rafael. Mas quando olho não é. Fico tão triste.
Vou ate o guichê pra entregar a alta.
- Mariani, vê se não vai abusar. Você prometeu. Fala a Dra Josiane.
- Pode deixar. Respondo ainda virada de costas pra ela. Pois o segurança estava conferindo a minha identidade.
Quando me viro quase caio dura (ainda bem que estou no hospital), pois vejo Rafael abraçado com a Dra Josiane. Meu Deus. Que vontade de sair correndo.
- Pode deixar doutora. Respondo baixo, olhando pra Rafael.
Porque aquele filho da mãe esta sorrindo? Claro que esta sorrindo, esta ao lado da esposa. Mas que filho da p***. Agora a pouco me beija, e agora ele está abraçado à esposa, como se nada tivesse acontecido. Como ele consegue? E ainda mais que a Dra. Josiane é tão querida.
- Olá Rafael. O comprimento.
- Olá Mari. Ele responde ainda sorrindo.
- Bom então vou indo. Obrigada de novo doutora. Tchau Rafael. Falo já me virando.
- Calma Mari, vou te levar. Fala Rafael.
- Como assim me levar? Você esta louco? Falo exaltada.
Calma Mari, não vá fazer um escândalo ou falar o que não deve. Mas bem que deveria falar, assim ele tira esse sorriso bobo da cara.
- Tchau maninha. Obrigado por segurar ela pra mim, até eu conseguir chegar pra levar essa teimosa pra casa. Fala Rafael pra Dra Josiane.
Maninha? Como assim? Achei que era esposa. To ficando louca mesmo.
- Nem esquenta Rafa, não foi trabalho nenhum. Ela tinha que tomar o medicamento mesmo. E vê se não some mais. Eu e o Jorge sentimos muito a sua falta. Respondeu a médica e se despediu com um beijinho no rosto.
Eu to sonhando? Só pode. Então porque ele fechou a cara quando comentei da foto.
- Vamos Mari? Rafael fala.
- Ahn? Falei.
- Você está bem? Perguntou o Rafael.
- Hein? A sim, desculpe. Falei volta a mim.
Rafael me abraçou pela cintura e me ajudou a ir ate seu carro. Que estava perto. Só depois que coloquei o cinto de segurança ele fechou a porta e deu a volta subindo no lado do motorista.
Ligou o carro foi dirigindo. Não falamos nada. Só quando chegamos à frente do prédio dele me dei conta pra onde ele havia me levado.
- O que estamos fazendo aqui? Pergunto.
- Você vai passar a noite comigo. Ele responde.
Desligou o carro, desceu e veio abrir minha porta. Acho que eu devia estar sonhando. Só pode. Ou fiquei louca. É muita coisa pra entender. O que na verdade eu não to entendendo nada.
-Venha. Rafael fala.
- Hein? Falei.
Rafael soltou meu cinto e me pegou no colo. O que ele tem contra a pessoa andar? Eu não estou invalida, apesar que acho que meu cérebro me abandonou.
- Eu posso andar. Falei.
- Para de ser teimosa, e segure-se em mim. Falou baixo.
Claro que como meu cérebro ainda não estava funcionando direito, não perdi tempo e me segurei em seu pescoço. Ai como isso é bom. Que cheiro bom ele tem. Acho que eu poderia morrer agora. Pois morreria feliz.
Fomos andando (quero dizer, ele foi andando e eu carregada), até o apartamento dele. Achei que ia me soltar no sofá de novo. Mas não, ele continuou andando e entrou naquele corredor.
Ele me levou pro seu quarto (e como em meu sonho, era enorme) e me colocou na cama. Entrou no closet e trouxe uma camiseta enorme.
- Troque-se, vou fazer alguma coisa pra você comer. Falou se abaixando e me deu um selinho.
Saiu do quarto e me deixou sozinha. Tirei minha roupa e coloquei a camiseta. Mas fiquei no mesmo lugar. Não sabia aonde iria dormir. Uns 10 minutos depois, Rafael voltou trazendo uma bandeja cheia de coisas, pão, manteiga, fruta, suco, frio e leite.
- Porque não deitou? Ele perguntou.
- Não sabia aonde iria dormir. Respondi baixo pegando uma uva.
- Vai dormi aqui, nesta cama. Respondeu.
Então me ajudou a ir ate um lado da cama, encostei minhas costas na cabeceira. Ele colocou alguns travesseiros atrás para eu poder comer. Quando foi me ajudar a puxar as pernas pra cima da cama, ficou olhando pras minhas coxas. Mas logo voltou a si e puxou o lençol.
Me entregou a bandeja que estava no criado mudo e foi pro closet de novo. Quando saiu, quase me engasguei com o suco que estava tomando. Ele estava só de samba-calção preta de cetim.
Meu. Deus. Do. Céu.
Que corpo é esse? Não tinha nada fora do lugar. Aqueles pelos cobrindo seu tórax e que desciam, entrando na samba-calção. Quando ele deu uma pigarreada, voltei a olhar em seu rosto. Eu estava com o rosto mais vermelho que pimentão. Fui pega no flagra.
- A vista está boa? Ele perguntou rindo.
Quase me escondi em baixo do lençol. De tão envergonhada. Não sou santa, pelo contrario, já vi e fiquei com muitos homens. Mas parece que Rafael é diferente.
- Desculpe. Falei.
Então ele veio andando e deitou do outro lado da cama.
- O que você esta fazendo? Perguntei.
- Vou dormir depois que você terminar de comer. Respondeu.
- Aqui? Comigo? Perguntei ainda mais embasbacada.
- Sim. Aonde mais você queria que eu dormisse? Essa cama é minha. Falou com sorriso nos lábios.
- Então, vou pra outro quarto. Falei, admirando aqueles lábios.
 - Não. Você vai ficar aqui comigo. Respondeu, retirando a bandeja de meu colo.

Dari Polini
P.S. Todos os nomes são fictícios

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